Empreendedores brasileiros estão otimistas. Esta é a principal conclusão de uma pesquisa realizada pelo SEBRAE São Paulo em outubro de 2017, com quase 6 mil donos de micro e pequenas empresas.
Segundo o levantamento, quase 65% dos empresários acreditam que 2018 será melhor do que o ano que passou.
38% dos empresários acreditam em crescimento de receita no primeiro semestre de 2018. Há um ano, este índice era de 33%.
Segundo Marcelo Moreira, coordenador de pesquisas do SEBRAE São Paulo, a projeção se deve à recuperação da economia.
Depois de duas quedas acentuadas, de mais de 14% em 2015 e quase 10% em 2016, os números de 2017, ainda não fechados, devem confirmar crescimento entre 5 e 6%, segundo a expectativa do coordenador de pesquisas do SEBRAE, Marcelo Moreira.
Os principais motivos para a retomada citada por Moreira, foram as consecutivas baixas da taxa básica de juros e a inflação que tendeu à baixa.
Esse cenário faz com que o consumidor assalariado não perceba tão fortemente uma queda no seu poder de compra, aumentando o consumo, especialmente a compra de longo prazo, que exige planejamento para investir um pouco mais.
Com o crescimento do consumo, a tendência é de que a indústria e, depois, os serviços acompanhem o aumento de demanda, puxando a retomada da economia.
Dois terços dos entrevistados pretendem adotar novas medidas de estímulo às vendas, especialmente os mais jovens, que apostam em investimento em propaganda e marketing. Outro recurso que deve ser empregado é o aumento da variedade de produtos oferecidos.
Metade dos entrevistados projeta fazer algum investimento no negócio em 2018, e neste quesito também se destacam os mais jovens.
Apesar do otimismo, os empresários também observam fatores que pesam no sentido contrário, como os impostos e as taxas municipais que, segundo microempresas e empresas de pequeno porte, são os que mais têm impulsionado os preços.
Já para os microempreendedores individuais aparecem, junto a impostos e taxas, o preço dos combustíveis, de matéria-prima e de mercadorias.